Conhecendo Impermeabilizantes II
- Reportagem: Romário Ferreira
- 28 de jul. de 2015
- 3 min de leitura
Manta de TPO
MANTAS ASFÁLTICAS

Um dos materiais mais usados na

impermeabilização é a manta asfáltica. Trata-se de um sistema flexível pré-fabricado, formado por um elemento estruturante central - filamentos de poliéster ou véu de fibra de vidro, que conferem ao produto grande resistência mecânica - recoberto em ambas as faces por um composto asfáltico.
Mantas são aderidas à superfície com asfalto oxidado a quente ou com maçarico a gás. Dependendo do tipo de aplicação, é preciso estar atento ao revestimento da manta, em areia ou polietileno.
A manta é indicada para estruturas sujeitas a movimentação e fissuras, e com dimensões superiores a 50 m2. "Tem gente que usa em espaços menores, mas quanto menor a área para aplicar a manta, maior a possibilidade de falha de execução, devido à necessidade de recortes e emendas", explica a engenheira Virgina Pezzolo, da Proassp Assessoria e Projetos.
A norma técnica NBR 9952 - Manta Asfáltica Para Impermeabilização classifica as mantas em quatro categorias conforme as características de tração, alongamento, flexibilidade e espessura, que vai de 3 mm a 4 mm. As mantas também têm acabamentos diferentes, que variam segundo o tipo de aplicação (maçarico ou asfalto quente) e a exposição ao sol e à chuva. Além disso, diferenciam-se com relação ao asfalto usado na fabricação, que pode ser elastomérico ou plastomérico.

MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL
A impermeabilização moldada in loco é obtida pela aplicação, a frio ou a quente, de sucessivas demãos de um impermeabilizante líquido na superfície a ser tratada, que forma, depois de seco, uma membrana flexível e sem emendas. Os produtos desse sistema variam em relação à flexibilidade, à resistência aos raios solares e aos procedimentos de aplicação, entre outros aspectos.




Asfalto a quente
Emulsões e soluções asfálticas
Membrana de poliuretano
Membrana acrílica
Os sistemas moldados in loco são indicados para espaços menores ou de acesso mais difícil, como áreas molháveis e pequenas lajes, onde o uso de mantas asfálticas é contraindicado.
Sobretudo no caso das membranas líquidas aplicadas a frio, é preciso respeitar o consumo do produto indicado na embalagem, assim como o número de demãos, já que a economia nesse serviço pode resultar em uma impermeabilização deficiente.

MEMBRANAS SINTÉTICAS
As mantas pré-fabricadas à base de diferentes tipos de materiais sintéticos (PEAD, PVC, TPO, EPDM, etc.) também podem ser utilizados nos sistemas impermeabilizantes. Feitas de ligas elásticas e flexíveis, adaptam-se com facilidade a locais sujeitos a movimentações e vibrações. Também são resistentes aos raios ultravioleta e a ataques químicos, dependendo de sua formulação




Manta PVC | Geomembrana PEAD | Manta TPO | Manta de EPDM |
O uso das geomembranas de PEAD e EPDM é mais indicado para obras de maior porte, como lagos artificiais, aterros sanitários e tanques. Além de proteger as estruturas, a impermeabilização nesses casos também tem o objetivo de preservar o meio ambiente. Elas criam uma barreira física que evita a contaminação do solo e de lençóis freáticos por material orgânico decomposto, óleos e combustíveis.
As mantas de EPDM, assim como as de TPO e PVC, também são bastante utilizadas em obras de edificações, principalmente na impermeabilização de coberturas. Há produtos disponíveis na cor branca, que, segundo o Green Building Council Brasil, reflete os raios solares e, com isso, ajuda a diminuir a temperatura no interior da edificação e no seu entorno. De acordo com a engenheira Virgina Pezzolo, da Proassp, a procura por essas mantas tem aumentado em função das certificações para edifícios sustentáveis, como os selos Leed e Aqua.
Apoio técnico: Virginia Pezzolo, engenheira da Proassp Assessoria e Projetos; Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI); Sergio Pousa, engenheiro da Proiso Projetos e Consultoria de Impermeabilização; fabricantes.
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